De acordo com agência de classificação de risco, a comercialização do biocombustível sem a presença de distribuidoras deve atrair o interesse de poucas sucroenergéticas
A aprovação de diretrizes para a venda direta de etanol foi classificada como “neutra” pela agência de classificação de risco Fitch Ratings. Segundo relatório, a comercialização entre usinas e postos, sem a presença de distribuidoras, deve ser adotada por poucas empresas, além de representar um ganho de margem pequeno.
“Para a Fitch, fatores necessários à venda direta aumentariam os custos-caixa, tornando a mudança economicamente inviável”, declara e completa: “As empresas estão mais focadas em reduzir custos operacionais de caixa e maximizar a produção de açúcar em detrimento do etanol, na atual safra”.
A agência reforça que, no atual contexto de baixa demanda por combustíveis, qualquer mudança pode representar um aumento de custos para as usinas. Um dos principais fatores seria a necessidade de comprar ou alugar frotas.
“As empresas precisariam se adaptar a uma logística diferente, na qual o número de caminhões e sua capacidade de armazenamento mudariam, com veículos de alta capacidade sendo substituídos por menores, pois as vendas das usinas seriam fragmentadas”, observa.
Segundo o documento, a proximidade entre a usina e os postos pode ajudar em alguns casos, mas isso deve representar apenas uma fração do mercado. As usinas localizadas no Centro-Oeste, por exemplo, teriam dificuldades para chegar ao varejo do Estado de São Paulo, que corresponde a 60% do etanol vendido no país.
Ainda de acordo com a Fitch, a venda direta de etanol a varejistas envolveria desafios adicionais à gestão de capital de giro. Saiba mais sobre o tema no texto completo (exclusivo para assinantes).
Fonte: novaCana.com