O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência
O Ato n° 31 do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicado nesta terça-feira (12) no Diário Oficial da União, traz o registro de 22 defensivos agrícolas formulados, ou seja, produtos que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores. Todos os produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país e alguns deles utilizam agentes biológicos para controle das pragas.
O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.
Os produtos que tiveram o registro publicado hoje foram analisados e aprovados pelo Ministério da Agricultura, pelo Ibama e pela Anvisa, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais. Todos os ingredientes ativos registrados já têm registros nos Estados Unidos, e a maioria também têm registro na Europa e na Austrália.
Defensivos biológicos
Entre os produtos registrados hoje, três utilizam agentes de controle biológicos na sua formulação, contribuindo para o aumento da sustentabilidade da agricultura nacional. Um deles leva em sua formulação um regulador de crescimento de plantas, sendo também considerado um produto de baixo impacto.
Dois dos produtos biológicos poderão inclusive ser utilizados em sistemas de cultivos orgânicos. Ao todo, já foram registrados 22 produtos biológicos e microbiológicos no a no de 2020.
Um dos produtos microbiológicos, composto por uma mistura dos fungos entomopatogênicos Beauveriabassiana e Metarhiziumanisopliae, será destinado para o controle de cigarrinha-das-pastagens e percevejo marrom. Outro, à base do fungo Beauveriabassiana, será destinado para o controle de mosca-branca, moleque-da-bananeira, ácaro rajado, cigarrinha do milho e gorgulho-da-cana. O terceiro produto microbiológico, utiliza o fungo Trichodermaasperrellum para o controle de rizoctoniose, uma importante doença que ataca a cultura da batata e causa prejuízos consideráveis.
No caso dos produtos biológicos por não deixarem resíduos nos produtos em que são utilizados, não existe limitação das culturas em que podem ser utilizados. Sendo assim, seu uso é autorizado em qualquer cultura onde as pragas forem encontradas.
“O Ministério da Agricultura segue comprometido em estimular o uso de produtos biológicos e microbiológicos por parte dos agricultores. Uma das ações desenvolvidas pelo Mapa consiste na priorização das análises de produtos de baixo impacto para que ocorra o aumento o número de produtos de baixo impacto registrados, o que gera por sua vez menor concentração de mercado, preços mais competitivos e maior acesso dos agricultores aos produtos de baixo impacto”, ressalta o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Bruno Breitenbach.
Fonte: MAPA