Gastos com arrendamentos, transporte e mão de obra influenciam no resultado da safra 2018/19
O gasto com a produção da cana-de-açúcar e seus produtos é um elemento fundamental na análise da saúde financeira das usinas. No balanço do final de safra, os rendimentos são contrapostos com os custos para definir se a produção gerou lucros ou se está custando mais do que deveria.
O Instituto de Pesquisa e Educação Continuada em Economia e Gestão (Pecege) realiza, anualmente, uma pesquisa com as sucroenergéticas brasileiras para entender como estão sendo seus gastos com a produção de cana e fazer análises mais amplas sobre o setor.
Recentemente, foi divulgado um estudo com o fechamento da safra 2018/19 tanto do Centro-Sul como do Norte-Nordeste. Uma versão preliminar havia sido publicada em agosto de 2019, quando o NNE ainda estava em período de entressafra e as usinas do CS ainda não tinham terminado de responder à pesquisa.
Entre ela e o resultado final, as principais diferenças estão na melhora da maioria dos indicadores do Centro-Sul e na possibilidade de comparação com a safra da região Norte-Nordeste, cujos dados são inéditos.
Um dos destaques do estudo, aliás, é justamente a comparação entre as regiões Centro-Sul e Norte-Nordeste. As circunstâncias próprias de cada região, naturalmente, influenciam nos resultados, fazendo diferença no comparativo.
Por exemplo, enquanto a produtividade agrícola da primeira caiu em 2018/19 em relação à temporada anterior, a segunda observou uma melhora de 5% no mesmo comparativo, graças às chuvas.
De forma específica em relação aos custos de produção da cana-de-açúcar, as usinas da região Centro-Sul finalizaram 2018/19 com um custo total médio de R$ 110,70 por tonelada, o que equivale a R$ 8.316,20 por hectare. Já no Norte-Nordeste, foram gastos R$ 113,39/t, o mesmo que R$ 7.118,6/ha.
O Pecege explica que a disparidade entre os resultados medidos por tonelada e por hectare evidencia o “papel fundamental” da produtividade como diluidora de custos. Uma característica do setor sucroenergético é a predominância dos custos fixos, então, o aumento da produção agrícola é fundamental para a redução do custo médio.
Confira, na versão completa, restrita para assinantes, informações e gráficos detalhando os custos de produção e comparando as duas regiões nos seguintes indicadores:
– Custos de produção agrícola
– Custos de produção industrial
– Custos da produção por produto
Fonte: novaCana.com