Consultoria acredita que, ao longo da temporada de cana-de-açúcar, a demanda por combustíveis do Ciclo Otto deve diminuir em 6,1%
A cadeia de açúcar e etanol está encontrando dificuldades para compreender qual será o tamanho do impacto causado pela pandemia de coronavírus e pela queda nos preços internacionais do petróleo. Até mesmo o Ministério de Minas e Energia (MME) admitiu que está tendo problemas para atualizar suas projeções para o setor e que ainda não sabe qual será a demanda de combustíveis dos próximos meses.
Mas já há quem arrisque números. Em webinar realizado no começo de abril, o sócio da FG/A, Willian Orzari Hernandes, trouxe as perspectivas da consultoria para o mercado brasileiro de combustíveis ao longo da safra 2020/21. Ele também apresentou as projeções da empresa para a moagem de cana-de-açúcar e a produção de etanol e açúcar no período.
“Nos últimos dias, o time todo fez um esforço, buscando dados, informações e artigos técnicos para a gente formar um consenso do impacto para a demanda projetada de combustíveis para o Brasil”, relata e continua: “Isso é uma das peças-chaves para a gente montar o quebra-cabeça e enxergar alguns cenários para etanol e para cana-de-açúcar neste ano e no ano que vem”.
Ele ainda explica que foi realizada um cálculo sobre o impacto da atual crise no consumo de combustíveis no Brasil de maneira mensal. De acordo com o analista, abril deve ser o mês com a maior redução em relação ao mesmo período de 2019. “Maio também terá alguns dias de paradas e, gradualmente, sobra somente o impacto recessivo”, relata.
Com isso, a redução esperada pela FG/A para o mercado de combustíveis do Ciclo Otto é de 6,1%. No total, o consumo de abril de 2020 a março de 2021 deve chegar a 50 bilhões de litros.
Leia mais sobre as projeções da FG/A:
– Moagem e produção de açúcar e etanol em 2020/21
– Perspectivas para os preços de etanol e açúcar
– Impacto do aumento da produção brasileira no balanço mundial de açúcar
– Variações nas receitas e nos custos das usinas
Fonte: novaCana.com