Levantamento exclusivo com 18 consultorias e empresas especializadas traz estimativas de déficit entre 544 mil e 10,2 milhões de toneladas
A
perspectiva de um déficit entre o consumo e a produção de açúcar na safra 2019/20 vem sendo a esperança para a sustentação dos preços da commodity ao longo deste e do próximo ano. O aporte nas cifras, inclusive, já começou a ocorrer nos futuros negociados pela bolsa de Nova York. E as estimativas de déficit feitas por empresas e consultorias vêm aumentando, conforme apontam os levantamentos periódicos realizados pelo novaCana.
As safras dos gigantes – especialmente na Tailândia, mas também na China e na Índia – são pontos principais de influência. Os números destes produtores e a evolução dos preços ainda influenciam a produção brasileira, que funciona como uma grande balizadora para o mercado global de açúcar.
Na sondagem anterior feita pelo novaCana, em setembro de 2019, 18 companhias estimaram déficits para 2019/20 que variavam entre 1 milhão e 9,7 milhões de toneladas. Na pesquisa mais recente, também com 18 empresas, o padrão se repete, porém a média do indicador subiu de 4,48 milhões para 6,88 milhões de toneladas.
A empresa que estimou o déficit mais elevado foi a MB Agro, com 10,2 milhões de toneladas, enquanto o mais baixo veio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que previu 544 mil toneladas.
Olhando adiante, sete consultorias já arriscaram números para 2020/21. Todas esperam um déficit, com uma média de 2,03 milhões de toneladas de açúcar demandadas além da produção. O valor mais elevado é o esperado pela MB Agro, 4 milhões de toneladas. Já o menor, da LMC Internacional, é de 587 mil toneladas.
Além disso, algumas empresas atualizaram seus números para a safra 2018/19, encerrada em outubro do ano passado. Dentre as 11 empresas consultadas, apenas a MB Agro estimou um déficit, com 1 milhão de toneladas – já o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) expressou o superávit mais elevado, com 6,56 milhões de toneladas. Na média, as consultorias estimam um superávit de 2,7 milhões de toneladas, pouco maior que a do levantamento de setembro, 1,8 milhões de toneladas.
Confira, na reportagem a seguir, gráficos comparativos das projeções, a evolução das médias, perspectivas de preços e análises do mercado global de açúcar feitas pelas seguintes empresas e consultorias:
– Abares
– Agroconsult
– BTG Pactual
– Commerzbank
– Czarnikow
– ED&F Man
– FAO
– FCStone
– Green Pool
– ISO
– Itaú BBA
– JP Morgan
– LMC
– MB Agro
– Platts
– Rabobank
– TRS
– USDA
Fonte: novaCana.com