Com a proibição de entrada no Paraná de bois para reposição do plantel, sendo permitido somente o ingresso de animais para abate pelo corredor sanitário, devido ao fim da vacinação do rebanho contra febre aftosa, os frigoríficos paranaenses passaram a depender quase que exclusivamente da oferta local de bois gordos para o abate para funcionar. E já começa a faltar boi gordo para atender o mercado local e de exportação, segundo o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná (SINDICARNE-PR).
“Há uma saída muito elevada de animais para abate do Paraná para outros estados, devido a adquirentes de outros estados que colocam na documentação fiscal que se tratam de bezerros para engorda e não de animais terminados. Com isso pagam preços menores e quase não recolhem impostos”, explica o Presidente do Sindicarnes-PR, Péricles Salazar.
Antes do fim da vacinação, entravam por ano no Paraná mais de 100 mil animais para engorda ou abate e esse trânsito foi praticamente proibido. O resultado é que essa saída irregular que gira em torno de 50 mil animais anualmente é que está provocando escassez de animais na oferta local porque agora o estado depende só da sua produção interna. “Nós já entramos em contato com a Secretaria da Agricultura e com a Secretaria de Fazendo solicitando a criação de uma pauta fiscal para que as saídas sejam efetivamente fiscalizadas pelo governo porque o estado está perdendo receita de impostos e os frigoríficos estão sendo muito prejudicados. Com isso a oferta interna certamente irá crescer”, explica Péricles Salazar. “Atualmente há o risco de muitas empresas diminuírem suas atividades ou mesmo deixarem de operar caso essa situação continue”, conclui o dirigente.
Crédito imagem: Claudio Correia/Jornal Campo Aberto
Fonte: Assessoria de Imprensa