Em avaliação anterior, agência já havia alertado para possibilidade de queda na classificação dos títulos; agora, perspectiva é de estabilidade
Uma emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) no valor de R$ 200 milhões e lastreada por debêntures devidas pela Usina Batatais teve sua classificação rebaixada pela agência de classificação de risco S&P Global Ratings nesta quinta-feira (23). Conforme comunicado enviado pela agência, a 169ª série da 1ª emissão, feita pela EcoAgro, teve sua nota em escala nacional reduzida de AAA para AA.
Ao mesmo tempo em que diminuiu a classificação, a S&P também retirou a emissão de sua listagem com implicações negativas, indicando não esperar que ocorram novos rebaixamentos nas próximas avaliações.
De acordo com o comunicado, a decisão foi afetada pela cisão das operações do grupo em duas empresas distintas, a Usina Batatais e a Usina Lins. A reorganização da companhia, que deve ser concluída em março deste ano, foi anunciada em maio de 2019.
“A cisão dos ativos [resultará] em uma empresa com menor escala e diversificação geográfica e que estará mais exposta à volatilidade intrínseca do setor, fatores estes que impactam nossa opinião sobre o risco de crédito associado às debêntures que são lastro dos CRAs”, aponta o documento.
Porém, a S&P também acredita que a eficiência operacional da empresa deve se fortalecer, atingindo uma liquidez superior à de outras companhias do setor. Isso, no entanto, depende da manutenção de uma relação “confortavelmente acima de 1,2 vez” entre as fontes de receita e os usos de caixa nos próximos 12 meses.
Ainda conforme a agência de classificação de risco, o vencimento final dos títulos da Usina Batatais será em junho de 2022.
Por Renata Bossle
Fonte: novaCana.com