O movimento de alta nos preços da laranja, observado no correr de novembro, pode ser freado neste mês. Ainda que a disponibilidade de pera continue limitada, a maior oferta de outras frutas, como as de caroço, que são comumente consumidas durante as festas de fim de ano, pode enfraquecer a demanda por cítricos no estado de São Paulo.
Além disso, deve crescer a oferta das laranjas temporãs e da folha murcha, variedade tardia apreciada no mercado in natura. Produtores acreditam que os valores voltem a se sustentar a partir de janeiro, fundamentados no possível menor volume de laranjas tardias e temporãs nesta safra, devido às perdas de chumbinhos registradas em dezembro/18 e janeiro/19.
PREÇOS – No caso da pera, o preço se elevou em novembro, impulsionado pela baixa oferta de fruta de qualidade – cenário decorrente do período seco e quente entre setembro e outubro – e pelo encerramento da colheita em parte das propriedades. Assim, mesmo em períodos de baixa demanda, as cotações se sustentaram e a média do mês passado se encerrou em R$ 28,04/cx, alta de 21,9% em relação à de outubro.
A menor oferta da pera influenciou, também, a demanda pelas laranjas natal e valência. Em novembro, as médias das variedades foram de R$ 23,71/cx e de R$ 24,04/cx, de 40,8 kg, na árvore, respectivamente, elevações de 11,5% e de 17,3% em relação a outubro. Mesmo em patamares elevados, os valores das tardias ainda são mais atrativos que os da pera.
Fonte: Cepea/Hortifruti