SÃO PAULO (Reuters) – A atividade econômica brasileira teve em setembro a segunda alta mensal consecutiva e o melhor desempenho em quatro meses, fechando o trimestre com o resultado mais forte em um ano, sinalizou o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) divulgado nesta quinta-feira.
O número se alinha a dados recentemente divulgados que mostraram ganho de tração nos setores varejista, de serviços e industrial, enquanto analistas melhoram expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB).
O IBC-Br –que tem como objetivo mensurar a evolução contemporânea da atividade econômica do país– subiu 0,44% em setembro sobre agosto. No terceiro trimestre sobre o anterior, a alta foi de 0,91%, de acordo com dados dessazonalizados.
O número de setembro é o melhor desde maio (+1,20%). Para o mês, o desempenho é o mais forte desde 2013 (+0,60%). Sobre setembro de 2018, o IBC-Br aumentou 2,11%, enquanto no acumulado em 12 meses teve alta de 0,99%, de acordo com dados observados.
No terceiro trimestre, o índice cresceu 0,91%, maior alta trimestral desde o terceiro trimestre de 2018 (+1,67%).
Nesta semana, o IBGE divulgou que as vendas no varejo no Brasil aumentaram de forma generalizada em setembro, registrando o melhor resultado para o mês em dez anos. O setor de serviços teve no mesmo mês o melhor desempenho para o mês desde 2014, e a produção industrial registrou o melhor setembro em dois anos.
A melhora dos indicadores se reflete nas expectativas do mercado. Analistas prevem que o PIB crescerá 0,92% em 2019 e 2,08% em 2020. Quatro semanas atrás, as projeções estavam em 0,87% e 2,00%, respectivamente, segundo dados da Focus.
O IBGE divulga os dados sobre o PIB brasileiro do terceiro trimestre em 3 de dezembro. A apuração do IBC-Br utiliza a estrutura do Sistema de Contas Nacionais (SCN) (que calcula o PIB) e emprega algumas “proxies”, mas existem diferenças conceituais, metodológicas e mesmo de frequência de cálculo dos dois indicadores.
Fonte: Reuters