WUZHEN, China (Reuters) – As importações chinesas de carne suína em 2019 devem dobrar em relação ao ano passado, para 2 milhões de toneladas, disse um analista do Rabobank nesta quinta-feira, enquanto a peste suína africana atinge a produção no maior mercado de suínos do mundo.
A China registrou 113 surtos da doença contagiosa desde agosto passado, apesar de agricultores e especialistas do setor dizerem que vários focos não foram contabilizados.
A peste suína africana, que não agride os seres humanos, tem uma alta taxa de mortalidade em porcos e não tem vacina ou cura.
A produção de carne suína chinesa cairá em até 20 por cento em 2019, disse Oscar Tjakra, diretor de pesquisa sobre alimentos e agronegócios do Rabobank, em uma conferência no leste do país. AChina normalmente responde por cerca de metade da produção mundial da proteína.
Isso significa que a produção local deste ano está entre 50 milhões e 51 milhões de toneladas, disse Tjakra à Reuters durante o evento, em queda ante os 54 milhões a 55 milhões de toneladas no ano passado.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos em Pequim previu a produção de suínos em 51,4 milhões de toneladas este ano, uma queda de 5 por cento em relação a 2018, com importações de 2 milhões de toneladas.
China reporta novo surto de peste suína africana na cidade de Chongqing
PEQUIM (Reuters) – O Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China informou em comunicado nesta quinta-feira que um novo surto de peste suína africana foi descoberto na cidade de Chongqing.
O surto ocorreu em uma fazenda com 91 porcos, infectando nove dos animais e matando seis, apontou a declaração do ministério.
A China já relatou mais de 100 surtos da doença desde agosto de 2018. A peste é mortal para porcos, mas não afeta humanos.
Foto: Pixabay
Fonte: Reuters