Preços de processados devem aumentar no 2º semestre, beneficiar BRF

Os preços de alimentos processados no Brasil devem aumentar no segundo semestre, refletindo o impacto da alta do suíno para processadores que não têm produção de animais integrada ao negócio, segundo relatório divulgado pelo Bradesco BBI em meados de julho.

Processadores não integrados, que precisam comprar suínos de terceiros, devem continuar a sofrer compressão das margens enquanto custos do animal continuam a subir impactados pela peste suína africana na China, escreveu o analista do Bradesco BBI, Leandro Fontanesi, em relatório.

As carnes processadas deverão ser aquelas a sofrer os maiores aumentos de preço já que as empresas de carne têm mais facilidade para repassar os custos a esta categoria de produtos do que no caso das carnes frescas.

A BRF, que é a companhia processadora de carnes mais integrada em sua cadeia de produção, deverá ser a maior beneficiada por esse cenário de aumento de preços e é a principal aposta do analista entre as ações de empresas deste setor. Fontanesi estima uma alta de 11% nos preços de alimentos processados da BRF em 2019 e de 5% em 2020.

Dados da inflação brasileira já indicavam em meados de julho que os preços de presunto e linguiça começaram a refletir os aumentos nos custos de suínos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) citados pelo Bradesco BBI.

Os preços de suínos estão agora 60% superiores que no mesmo período do ano passado, enquanto os preços de presunto/linguiça para consumidores aumentaram cerca de 6%, recuperando-se de uma comparação anual estável no início do ano, escreveu o analista em relatório com data de 12 de julho.

Por Anna Flávia Rochas

 

Fonte: CarneTec Brasil

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