Índice de Xangai sobe para máxima de fechamento em quase 13 meses (Reuters)

XANGAI (Reuters) – Os índices acionários chineses avançaram nesta sexta-feira, em sessão de baixos volumes e inicialmente marcada por realizações de lucros, encerrando o dia na máxima em quase 13 anos, com sinais de uma recuperação econômica na China.

O indicador da bolsa de Xangai anulou as perdas observadas no início do pregão e terminou em alta de 0,63 por cento, a 3.270,80, no mais forte fechamento desde 21 de março de 2018.

Já o índice que reúne ações de blue chips subiu 1,19 por cento, a 4.120,61 pontos, maior patamar de fechamento desde 12 de março de 2018.

O volume de negócios foi relativamente baixo, com cerca de 31,52 bilhões de ações negociadas em Xangai, quase 79,2 por cento da média móvel em 30 dias de 39,79 bilhões de ações por dia.

Embora tenham encerrado a semana em tom positivo, a reação das bolsas chinesas aos dados econômicos mais fortes que o esperado divulgados nesta semana sinaliza que os investidores continuam com dúvidas sobre a sustentabilidade da recuperação econômica da China e a perspectiva de políticas de apoio.

“A estabilização da economia chinesa no primeiro trimestre já é fator estabelecido. O foco do mercado agora é por quanto tempo essa estabilização persistirá e quão forte será, e parece haver muitas divergências”, disseram analistas da Lianxun Securities em nota.

 

China seguirá apoiando economia diante de “pressões negativas” persistentes, diz politburo

PEQUIM (Reuters) – A China manterá o apoio político à economia, que ainda enfrenta “pressões negativas” e dificuldades após um crescimento melhor que o esperado no primeiro trimestre, disse nesta sexta-feira um importante órgão de decisão do Partido Comunista.

O comunicado do politburo ocorre dois dias após a China ter registrado um crescimento anual de 6,4 por cento no trimestre de janeiro a março, desafiando as expectativas de uma nova desaceleração, com a produção industrial subindo acentuadamente e a demanda dos consumidores mostrando sinais de melhora.

“Embora afirmando plenamente as conquistas, devemos ver claramente que ainda há muitas dificuldades e problemas nas operações econômicas”, afirmou a agência de notícias oficial Xinhua, citando uma reunião do politburo comandada pelo presidente da China, Xi Jinping.

“O ambiente econômico externo está se contraindo no geral e a economia doméstica está sob pressão descendente”.

A China implementará ajustes anticíclicos “de maneira oportuna e apropriada”, enquanto a política fiscal pró-ativa se tornará mais contundente e eficaz, e a política monetária prudente não será nem muito apertada nem muito frouxa, disse.

Para este ano, o governo chinês divulgou cortes de impostos e taxas no valor de 2 trilhões de iuanes (298,35 bilhões de dólares) para aliviar o peso sobre as empresas, enquanto o banco central reduziu as reservas compulsórias cinco vezes desde o início de 2018 para estimular os empréstimos.

Mais medidas de flexibilização política são amplamente esperadas.

Nesta sexta-feira, o politburo reiterou que o governo chinês apoiará efetivamente a economia privada e o desenvolvimento de pequenas e médias empresas.

O crescimento econômico da China deve desacelerar para uma mínima recorde em quase 30 anos de 6,2 por cento neste ano, mostrou uma pesquisa da Reuters na semana passada, à medida que a demanda fraca no país e no exterior pesa sobre a atividade, apesar de uma enxurrada de medidas de apoio.

 

Fonte: Reuters

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