Gabriela Giacomini: uma mulher de fibra lidera o Programa Montana

Formada em zootecnia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) – campus Jaboticabal, Gabriela Giacomini, gerente de operações do Programa Montana há 12 anos, diz que desde criança tinha tendência para a engenharia, como o pai, mas foram os passeios com os avós a hotéis-fazenda próximos de São Paulo que a fizeram ter vontade de trabalhar com os animais. “A zootecnia veio suprir esse desejo, pois se aproxima muito de uma engenharia em várias disciplinas, sem perder o foco nos animais”, diz Gabriela.

Hoje, ela executa diversas atividades, que vão da contabilidade, relacionamento com os criadores e clientes, responsabilidade técnica perante o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, emissão e organização do CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção) até a seleção dos animais no campo. Todas as atividades do Programa Montana passam por ela.

“Não foi fácil para uma paulistana que não tem família ligada ao campo mudar para o interior e começar um curso que a família nem sabia que existia. Tive que aprender tudo e ainda aprendo até hoje. Esse aprendizado constante foi um dos fatores fundamentais durante minha formação. Procurei estagiar durante todas as férias e durante o último semestre letivo para aprender o máximo possível. Fiz ótimos estágios com profissionais muito bons”, informa Gabriela.

Apesar de muitos profissionais terem contribuído com a sua trajetória profissional, Gabriela comenta que já se sentiu discriminada por ser mulher. “Hoje, acho que já conquistei meu espaço até com o pessoal de campo, mas no começo eu era muito testada. Em muitas ocasiões somos colocadas à prova para ver se aguentamos mesmo”, relata.

Isso ficou no passado e ela provou o contrário, conquistando seu espaço e ganhando o merecido respeito no meio pecuário. O amor pelo que faz contribui bastante para liderar o Montana. Além de vestir a camisa como profissional, o Montana a encanta como técnica. Gabriela acredita muito no projeto e tem excelente relacionamento com os criadores, o que facilita a abertura para conversar e desenvolver o trabalho.

Ela diz que teve sorte por ter sido contratada logo após o estágio de graduação. “Sei que a realidade do mercado não é essa. O mercado na minha área não é grande e todos se conhecem. É preciso trabalhar bem para se manter em uma área tão competitiva.

Gabriela fala com otimismo sobre o futuro do Montana. “A cada ano que passa, comercializamos tourinhos cada vez melhores”.

Ela deixa um recado para todas as mulheres: “não desistam dos seus projetos e dos seus sonhos. Obstáculos existem em todas as profissões. No meio pecuário não é diferente. Trabalhem e conquistem seu espaço com profissionalismo. É uma área muito desafiadora e que traz muita satisfação. Coisa linda é trabalhar um rebanho, planejar as próximas gerações e ver as mudanças ano após ano”.

Jornal Campo Aberto com informações de assessoria

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