Associações de setores produtivos afirmam que correção de preços da tabela do frete é indevida

Medida prejudicial ao crescimento do país

 

O movimento Frete Sem Tabela, composto de associações de setores produtivos que somam 21% do PIB brasileiro, empregam 20 milhões de pessoas e respondem por mais de 40% das exportações nacionais, considera indevida a resolução ANTT 5.839, publicada em 18 de janeiro de 2019, que altera os valores da tabela do frete do transporte rodoviário, a partir desta segunda-feira (21).

A constitucionalidade da lei 13.703, que trata da tabela, está pendente de avaliação no Supremo Tribunal Federal (STF) e sendo questionada em diversas ações judiciais. Mesmo assim, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) vem impondo sua aplicação. Todo o processo jurídico para determinação dessa tabela está comprometido, com decisões sobre valores e multas sendo publicadas antes mesmo da definição da questão principal.

A baixa disposição para o debate, o desrespeito aos prazos para a realização de consultas públicas e a ausência de estudos de impacto regulatório que justifiquem a ação regulatória só aumentam a insegurança jurídica de quem quer produzir no Brasil.

A tabela do frete, medida tomada de forma apressada após a paralisação dos caminhoneiros de maio de 2018, foi criticada desde seu anúncio pelos mais credenciados especialistas e órgãos responsáveis e regulatórios do poder público, como o antigo Ministério da Fazenda e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Ministros recém-empossados também já se posicionaram contra sua aplicação, que coloca em jogo a competitividade nacional.

O movimento Frete Sem Tabela pede redobrada atenção ao novo governo para o assunto, sob o risco de impactar, inclusive, os planos de retomada do crescimento do País. No momento em que se discute o desenvolvimento da economia por meio da geração de empregos e aumento das exportações, é impossível tornar o Brasil mais eficiente com essa distorção no nosso mercado de transportes. A solução para a crise no transporte rodoviário de cargas passa pela maior segurança nas estradas, melhoria de infraestrutura e simplificação da contratação e não em um tabelamento artificial que impacta negativamente toda a economia brasileira.

 

Fonte: Movimento Frete Sem Tabela

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